Luzes Sem Mercúrio
É possível andar sem artifícios,
Ficar sóbrio já é tão difícil.
Vejo as pernas sem pretensão,
Vejo a morte sem dimensão.
Fico pasmo com as crianças,
Sobrevivo só com as lembranças
De um tempo mais que passado.
- Hoje amores desfigurados.
Um dia foi só fantasia,
Um dia já fiz melodia
Das vozes que ardiam,
Retrucando a poesia.
Eu desejo sua cabeça
Pra fazer uma canção,
Que não entre nas orelhas,
- Interprete via coração.
Mas percebo que não vejo
Mais gaivotas entre as nuvens,
Não consigo nem notar
As vitórias nas derrotas.
E ouvindo velhos mitos,
Conversando com as pessoas,
Eu sinto falta dos meus riscos,
De uma gente mais à toa,
Pra que eu possa injetar
Nessa sua alma pura,
Uma dose de palavras,
Com ternura,
- E loucura.
É possível andar sem artifícios,
Ficar sóbrio já é tão difícil.
Vejo as pernas sem pretensão,
Vejo a morte sem dimensão.
Fico pasmo com as crianças,
Sobrevivo só com as lembranças
De um tempo mais que passado.
- Hoje amores desfigurados.
Um dia foi só fantasia,
Um dia já fiz melodia
Das vozes que ardiam,
Retrucando a poesia.
Eu desejo sua cabeça
Pra fazer uma canção,
Que não entre nas orelhas,
- Interprete via coração.
Mas percebo que não vejo
Mais gaivotas entre as nuvens,
Não consigo nem notar
As vitórias nas derrotas.
E ouvindo velhos mitos,
Conversando com as pessoas,
Eu sinto falta dos meus riscos,
De uma gente mais à toa,
Pra que eu possa injetar
Nessa sua alma pura,
Uma dose de palavras,
Com ternura,
- E loucura.
Paulo Renato,
1988.
1988.
(Fiz essa letra e a melodia para a música de meu amigo Daniel Sandoval, quando tínhamos 15 anos, muitos sonhos, e a Banda Pólis, dos festivais no colégio).
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