Vestes roupas rotas
Que arrebatam ventos
Aerodinamicamente
Guardados
Nas entranhas que desafiam a Física
E não trocam temperatura exterior.
És fina a camada de vida que te habita.
És podre boa parte de seus órgãos.
És descolorida sua cútis.
És parte de um nada grandioso.
Mas escreves a cada passo andarilho errante
Teorias que nem a mais densa Filosofa decifra.
Mas dita a maior regra e a mais poderosa lição,
Como imperador da elementar cadeia alimentar:
- Comes tudo, comes todos.
És temido pela face, és temido pelo cheiro,
És desvio certo do caminho social
Dos pés calçados.
Por que não te contam sua força?
Por que não te dá contas?
- Porque nem conta. Nem número faz.
Teu reinado diante de súditos fiéis,
Quadrúpedes caninos e felinos
Que te seguem incansáveis
Como única função de ser.
Não falas, não sabes ser rei.
Não sabes ser, nem que o és.
Contudo, reverenciarte-ei
A cada esquina,
Diante da tua capacidade infinita
De multiplicar-se em clones perfeitos
E ao mesmo tempo um só ser.
- Onipresente.
Paulo Renato,
25/11/2011.
25 novembro 2011
Rei Reles
Postado por Paulo Renato César às 04:38 0 comentários
18 setembro 2011
Napoleon Hill é o Caralho!
A vida
Vale
- É no olho!
Paulo Renato,
17/09/2011.
Postado por Paulo Renato César às 06:37 0 comentários
16 setembro 2011
Atadas
Tarde
Morrerei
Cedo
Não gosto de dormir.
Paulo Renato,
15/09/2011.
Postado por Paulo Renato César às 00:25 1 comentários
15 abril 2011
Cinzas
Quando é noite,
É com fogo que se faz o dia.
- Queimo em repouso eterno.
Postado por Paulo Renato César às 04:10 1 comentários
Marcadores: Crematório
12 março 2011
Bronquite
A troca justa entre meu natural gás carbônico
E a química processada desse Berotec
Para respirar melhor.
Ser inalado,
Incapaz de voar.
- Ainda respiro!
Paulo Renato
12/03/2011
Postado por Paulo Renato César às 03:54 0 comentários