19 junho 2005

Ponto Final

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Qual remédio,
De que planta,
Aonde encontro
Tal esperança
Que acabe
No final.

Qual final,
Que seja ponto,
Conclusivo,
Terminal,
Definido
E conduzido
Sem a casa
Decimal.

Tem coragem
De sair,
Sem aviso,
Sem preciso,
Mas apenas
Ir embora
Como não
Tivesse vindo?

Assim fosse,
Outra hora
Saberia
Que, se acaso
Não viria,
Outro alguém
Ocuparia
O teu ponto
Em meu final.

Paulo Renato,
22/05/04.

("Um laço no presente é abraço. Um laço no futuro eu desfaço.")

5 comentários:

sopa de giz disse...

Encontrar a esperança.
Procurar uma mudança.
Pela andança neste mundo.

Neste e noutros.
"Nunca dantes navegados".

É preciso navegá-lo.
O teu mundo virgem.
O teu mundo novo.
O teu mundo seco pela tua presença.

Em esperança.

Anônimo disse...

"Ponto Final"

São lindos, tia...

Gostei mais de Ponto Final, mas a linguagem que utiliza, o jogo com as palavras... é muito bom!




Beijos.
Jana

Anônimo disse...

Adorei!!!!! Nada como poder corujar o sobrinho querido!!


Beijos


Lúcia

Anônimo disse...

Zuleica escreveu para mãe do Paulo Renato: "Que máximo..A "fruta" não cai longe do pé. Gosto muito de vc "árvore", o fruto não poderia ser diferente. Que poesias lindas! Amei, me emocionei, chorei.. Como é bom ver jovens inteligentes, sensíveis, humanos, enfim...Nossa! É a continuação das nossas vidas. Beijocas Zu"

Anônimo disse...

Ponto Final: a linguagem que o Paulo utiliza, o jogo com as palavras... é muito bom!

Janaína