06 maio 2008

Impressão

O texto volta,
Sempre esteve.

Mas todas as vezes que escrevi,
Palavras não ferraram o papel.

Soltaram-se letras,
Perderam-se em sânscritos, russos,
Idiomas inatingíveis,
Frases de bêbados.

Mas o poema,
E a sua maneira de me atingir,
Nunca se foi,
Nunca esqueci,
E,
Se agora imagem de palavras,

É por melindre infantil
De quem quer a atenção
Que o mundo não pode dar.
Paulo Renato,
06/05/2008 - 2.59h

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