Uma Fábula Qualquer
No centro da Terra,
Borbulhando na lava,
Cozinhando em segredo
O tempo que passa.
Disfarçando horrores
Sobre a incapacidade
De definir,
De concretizar.
- Mas quem disse que tudo
Tem que ter definição,
Já que o fim de cada um
É mistério da vida,
E isso nos faz
Eternamente perdidos
Em relação ao exato momento
Em que estamos posicionados
Na escala?
- A régua que não tem fim...
Concatenar histórias diversas,
Misturar os personagens,
É romper um pouco
Com a regra ridícula
De casar heróis e princesas,
De prevalecer o bem contra o mal,
De ensinar errado às crianças
Aquilo que a vida,
Inevitavelmente,
Mostrará na prática.
O lobo mau reina feliz,
Enquanto o caçador covarde
Coloca em extinção
Outros animais indefesos.
- A blusa com a etiqueta pra fora
Está do lado certo.
Do avesso,
Eis você.
No centro da Terra,
Borbulhando na lava,
Cozinhando em segredo
O tempo que passa.
Disfarçando horrores
Sobre a incapacidade
De definir,
De concretizar.
- Mas quem disse que tudo
Tem que ter definição,
Já que o fim de cada um
É mistério da vida,
E isso nos faz
Eternamente perdidos
Em relação ao exato momento
Em que estamos posicionados
Na escala?
- A régua que não tem fim...
Concatenar histórias diversas,
Misturar os personagens,
É romper um pouco
Com a regra ridícula
De casar heróis e princesas,
De prevalecer o bem contra o mal,
De ensinar errado às crianças
Aquilo que a vida,
Inevitavelmente,
Mostrará na prática.
O lobo mau reina feliz,
Enquanto o caçador covarde
Coloca em extinção
Outros animais indefesos.
- A blusa com a etiqueta pra fora
Está do lado certo.
Do avesso,
Eis você.
Paulo Renato,
29/05/2008.
29/05/2008.
7 comentários:
Fala Paulinho!
É muito curioso! Leio a sua poesia e ouço a música, a melodia... A musicalidade, neste caso, creio que vai além do que a poesia nua e crua possa sugerir.
Gostei muito!
Grande abraço e blog "linkado" com muita honra.
Celso Cardoso
Valeu, Celso. Acho que a musicalidade vem do hábito de escrever já pensando que toda música é poesia e vice-versa. Realmente faço uma divisão mais ou menos homogênea na minha cabeça, apesar de não usar muitas rimas, o que acaba deixando os versos mais musicais. E gosto também de fazer o exercício de musicar poesias que de antemão não foram pensadas para serem necessariamente músicas. Obrigado pela visita, e volte sempre.
Abraço,
Paulo Renato.
Estarei sempre por aqui!
Não só pela amizade que ganhei recentemente, mas também pelo amor à música e, claro, à poesia!
Grande abraço, amigão!
"Porque é noite, de balada..."
Amei...
Linda a poesia do Paulo, concordo
com o Gentil, ele precisa mostrar a
sua poesia para o nosso pessoal...
Um graaaande abraço...
Nanci
Gostei da fábula do Paulo Renato. Já está lá no arquivo como "favorita".
Gentil
Obrigado pelo elogio, Gentil. Apareça mais vezes!
Postar um comentário